A Inflação consiste em um termo da economia frequentemente utilizado para designar o aumento dos preços em geral na sociedade. Representa o aumento do custo de vida para o consumidor e empresas, e que tem como resultado o preço elevado dos produtos e a desvalorização da moeda.
Já a Deflação é o processo inverso da Inflação. Ocorre quando os índices de preços na economia passam a ter uma queda ao invés de aumento. Causado pelo aumento do fator “oferta” e a diminuição da demanda que estão ligadas às relações de consumo e de saúde da economia de forma geral.
A deflação de julho foi de 0,68%, sendo assim o menor índice desde o início da divulgação (1980). Sofreu uma queda de 4,51% no mês, impactada principalmente pela queda dos combustíveis, que teve a retração de mais de 14% – que influenciou 1,04% no índice.
Se os números mencionados acima tivessem se mantido constante no mês, o índice geral teria a inflação de 0,36%, e não a deflação que foi observada. Também foi apontada uma queda de -1,05%, que foi resultado da energia elétrica que caiu 5,78%. Não é de difícil percepção de que o resultado em geral tenha sido fortemente influenciado pelas diminuições do ICMS dos combustíveis e do preço mundial do petróleo.
Relatando agora sobre os preços que tiveram um certo aumento, alimentação e bebida sofreram um aumento de 1,3% no mês, porcentagem influenciada com força pela alimentação por domicílio (1,47%). Item de grande impacto em famílias de renda mais baixa, pois normalmente não são beneficiadas pela baixa da gasolina.
Mesmo com a deflação total, outro setor que teve um aumento nos preços foi o de vestuário e calçados (0,58%), dentro deste item as roupas de inverno lideraram o aumento dos custos – somente o agasalho infantil teve uma alta de 3,66%.
Quando considerado o período de 12 meses, o aumento de gastos relacionados à alimentação chega a bater 14,72%, e o setor (vestuário e calçados) teve aumento de 17%, ambos com números bem mais elevados em relação ao índice geral.
A deflação ainda não é sentida pelos mais pobres, porém já influencia mais diretamente lares de renda média/alta. Os produtos considerados essenciais na sociedade ainda sofrem com o excesso de demanda e a dificuldade de ajuste da “oferta”.