A pandemia do coronavírus deixou os horizontes praticamente invisíveis. Os planos para o futuro de todos os brasileiros foram afetados, incluindo objetivos e metas ao longo dos próximos anos. Como ainda estamos em fase de isolamento social mesmo após mais de 1 ano de COVID-19, fica difícil mensurar os impactos da pandemia em nossas vidas, deixando possíveis dúvidas na cabeça das pessoas. Contudo, existem alguns contextos sociais em comum que certamente afetaram a grande maioria.
A esfera financeira do país, por exemplo, foi bastante prejudicada. Pesquisas do Serasa apontam que pelo menos 4 em cada 10 brasileiros sofreram redução de renda neste último ano, afetando seus planejamentos financeiros, orçamentos e investimentos. Consequentemente, acabou impactando tanto na rotina cotidiana quanto nos principais sonhos da vida. Por conta disso foi possível perceber mudanças de paradigmas nas vidas de muitos brasileiros, como a abertura de pequenos negócios. Até setembro de 2020, o número de microempreendedores aumentou cerca de 15%. Os planos de milhões de pessoas estão se baseando em suas novas pequenas empresas.
Além disso, a preocupação com as finanças na atualidade obrigou as pessoas a olharem para o futuro com mais atenção. A pandemia afetou a forma como o brasileiro lida com a organização da renda. O dinheiro está mais escasso e as contas mais altas, logo a educação financeira vem ganhando cada vez mais espaço no cotidiano. Novos hábitos de organização estão surgindo no dia-a-dia devido a essa necessidade urgente de gerenciar as finanças de forma saudável.
A fim de se adaptar ao novo estilo de vida, sem comprometer alguns dos principais planos, os brasileiros puseram em prática ajustes em muitos hábitos de consumo. O entretenimento fora de casa, como cinema, shows, passeios em shoppings e viagens, por exemplo, perderam espaço enquanto os isolados dentro de casa, como serviços de streaming, games e livros ganharam mais força. Simultaneamente, o uso de internet, as compras no mercado e consumo de energia elétrica também aumentaram. Desta forma foi necessário balancear os gastos e flexibilizar o orçamento como um todo.
Portanto, a qualidade de vida mudou, impactando em nossos planos a curto e longo prazo. Indo além das questões financeiras, a população ainda está enfrentando dificuldades nos relacionamentos – familiares, amorosos e amigáveis – na alimentação, na saúde física e, é claro, na saúde mental. Todos esses contextos se conectam de múltiplas formas e, nesta época de pandemia, são extremamente sensíveis à mudanças extremas. Sendo assim, lembre-se sempre de buscar resiliência frente a essa volatilidade. Prezar pela saúde mental, segurança e organização é o melhor a ser feito nesses tempos difíceis.